sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Uma idéia...

Tudo bem, esse artigo é bem antigo (vocês verão a data do mesmo ao final do texto), mas a idéia de Ricardo Anido(autor do artigo) é bem interessante.
Para ver o texto na íntegra, basta acessar o site especificado no final do post.
Boa leitura.
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"(...) a Internet representa uma novidade tão grande em termos de comunicação que muitos novos usos ainda devem ser inventados. Duas vertentes interessantes são trabalho cooperativo e computação ubíqua.
Computação ubíqua, como o nome implica, refere-se à capacidade de estar conectado à rede, e fazer uso da conexão, constantemente, a todo o momento, nas mais variadas situações. Na última semana de março uma empresa "start-up" inglesa realizou um experimento preparatório para o lançamento de um novo produto para a Web. As pessoas escolhidas para o experimento estavam acostumadas com o uso de novas tecnologias: participantes de um seminário sobre computação que aconteceu no St. John's College, da Universidade de Cambridge. Os participantes receberam gratuitamente, por uma semana, um telefone celular de última geração (tecnologia GSRM). O equipamento era mais parecido com uma agenda eletrônica atual, com tela de cristal líquido sensível ao toque, reconhecimento de caracteres manuscritos, e, mais importante para o experimento, um navegador Web integrado (o ubíquo Internet Explorer da Microsoft). No sistema de telefonia GSRM o usuário não paga por conexão, mas sim pela quantidade de informação trocada. Assim, ao contrário do que ocorre com o acesso residencial através de uma linha normal de telefone, onde á necessário conectar-se, através de um modem, com o provedor no início de uma sessão e desconectar-se ao final, no sistema GSRM é possível manter-se conectado o tempo todo.
O novo negócio da empresa é baseado nessa possibilidade. A idéia é bastante simples, e somente terá sucesso se realmente (com se espera), o usuário fizer uso da Web a todo momento, não importando o local: a empresa desenvolveu pequenos botões, de baixo custo, capazes de comunicação infra-vermelha de curto alcance. A agenda/telefone distribuída, assim como a maioria das agendas eletrônicas modernas, também possuía capacidade de comunicação infra-vermelha, e ao passar por um desses botões bastava o usuário apontar o seu telefone para o botão e apertar uma tecla para receber o endereço de uma página Web com alguma informação específica. A idéia da empresa é espalhar esses botões pelas cidades: em outdoors de propaganda (para o cliente receber maiores informações sobre o produto anunciado ou mesmo adquirir instantaneamente o produto), pontos de ônibus (para o cliente consultar o tempo de espera até a passagem do próximo ônibus -- assumindo que a empresa de ônibus detecte continuamente a posição de seus veículos, como já fazem algumas), ao lado de quadros de uma exposição ou em museus (para o usuário receber mais informações sobre a obra exposta), etc.
O mais interessante é que a empresa aposta principalmente na conveniência, pois em qualquer das situações acima ao invés do botão poderia ser fornecido o endereço da página desejada, e o usuário digitaria esse endereço em sua agenda/telefone. No entanto, com a esperada proliferação da disponibilização de informações na Web, os endereços certamente terão que ser cada vez mais extensos, justificando o uso de botões de acesso. (...)"
Anido, Ricardo – O Futuro da Internet – Computação Ubíqua e Cooperativa; em reportagem para a Com Ciência – Revista Eletrônica de Jornalismo Científico – No 30 – Abril de 2002 – disponível em < http://www.comciencia.br/reportagens/internet/net13.htm> visualizado em 17/10/2008

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